terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Revistando o passado dói a constatação de pagar uma conta que não é sua. Um estigma que não lhe pertence.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Esse post tem um pouco a ver com o anterior, que eu falava do meu lindo cabelo duro.
Às vezes, quando pequena, eu me perguntava porque eu não era branquinha como meu pai e minhas primas que não herdaram a afrodescendência. É mais fácil parecer com a maioria vista como bem sucedida.
Me dava a impressão que me olhavam meio mal. Me incomodava essa perseguição psicológica nunca sentida realmente, mas quanto à cor nunca tive nada contra.
Aliás ser diferente nunca é fácil. Mas acho que todo mundo é diferente de alguma forma.
Além disso, eu sinto orgulho de carregar uma herança de um povo muito forte e muito injustiçado e sofrido. No final das contas, essa resistência toda tem tudo a ver comigo!
Quando eu era pequenininha eu tinha um sonho.
Eu queria morrer de mãozinhas dadas aos meus pais em um acidente de carro.
Para morrermos os três juntos e a gente nunca se separar.
É muito triste não estar no mesmo tempo de quem amamos e a incerteza do que vem depois.