segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Eu não tenho problema em ser brasileira.
Só não gosto da impunidade em todos os níveis.
Gosto muito da nossa rica natureza e da nossa simpatia.
Os estadosunidenses prosperaram porque formaram de fato uma nação. Literalmente uma camisa foi vestida. E que foi chegando depois que se adaptasse ao estilo Tio Sam de ser.
Aqui as pessoas são filhas de portugueses, netas de italianos, san sei não sei, mas ninguém fala que é brasileiro e ponto.
Muita gente estranhou que fui contra a paralisação nacional contra o aumento da passagem. Quando vi a proporção que tomou, cheguei a duvidar a minha postura inicial e até me emocionei por presenciar a primeira vez uma massa popular. Já que na época dos caras pintadas eu era muito pequena.
No final das contas, cheguei a conclusão de que meu primeiro instinto estava certo.
Para mim essa organização foi usada por mascarados e pessoas aproveitadoras, usando da boa vontade geral, sobretudo a jovem.
Obvio que não vale R$ 3,00 o transporte utilizo, apertado, abafado, esperando três vezes o metrô passar para poder utilizar. Me indigna! Mas eu acho que foi meio egoísta todo mundo se juntar primeiro por essa causa. Há tantas causas mais tocantes em nossa sociedade, como o desvio de cestas básicas ante a fome nordestina, ou a obviedade de que o Lula é totalmente o articulador de todo esse sujo esquema de corrupção. Seu filho ex catador oficial de fezes em zoológico, cotista de um grande frigorífico. Além dos mandatários de outros partidos. Todos vêem e ninguém se move. Eleição do Tiririca? E a aprovação automática? Somos analfabetos funcionais! E o estopim é a passagem??? Agora os mascarados quebram tudo e se metem em causas alheias afim de atrapalhar e não permanecem presos e todos os políticos, inclusive o Calheiros estão "do lado da juventude questionadora". Ou seja, a causa que era nobre foi usada por interesse de pessoas que querem se beneficiar. Eu acho um abuso as pessoas que usam ajuda de custo do governo e optam até por não trabalhar. Metade do meu salário vai para o governo. Com honra contribuo para o país, e para amenizar a má distribuição de renda, mas me sinto de nariz vermelho ao pensar que parcela tanto da base, como do topo, se aproveita de mim e de todos nós.
 Acho que é esse o principal de sermos tão simpáticos com outras nações, invejando talvez sua organização, mas nunca nos juntarmos como uma unidade para comprovarmos que também temos força e podemos devolver tudo o que essa terra abençoada nos oferece!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Wild

Minha cabeça está descamando devido a uma progressiva.
Estou tentando deixar meu cabelo liso e baixo.
Isso é falta de aceitação?
Me ponho a pensar.
Até a metade da minha adolescência eu deixava o meu cabelo naturalmente desgrenhado.
O menino que secretamente gostava criticava as meninas que faziam escova nos cabelos.
Ele tinha seu cabelo liso e sua escolhida também.
E eu sozinha tentando juntar toda minha juba para amarrar na chuquinha.
Em ocasiões especiais eu deixava os fios lisos e todo mundo adorava. "É possível ver seu lindo rostinho com o cabelo mais baixinho". Eu tentei, tentei mesmo modelar os cachos, mas era muito volume, muito trabalho e no final não dava certo. Me rendi e ficou mais fácil de lidar. Ainda não estou satisfeita, mas estamos caminhando.
Às vezes fico pensando que isso é não aceitar quem sou, ou renegando minha descendência negra. Mas eu realmente realmente estava fadada a esse aspecto selvagem e meter uma flor na cabeça?
Se as pessoas devem ser que são e não fugirem de sua natureza, então, não deveríamos depilar-nos, correto? Nem tomar sol. Nem maquiar, nem cortar as unhas. Naturais. 100%.
Sou a favor de potencializar o que favorece e minimizar o que não agrega. Isso no aspecto físico e intelectual.
Eu acho o que realmente o que faz uma pessoa verdadeira não é necessariamente como ela nasce; Nua e crua, mas a forma como ela expressa seu eu, que pode ser uma escolha e não um determinismo.